quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O FALCÃO PEREGRINO



«Príncipe da Arrábida»

Jovial coração, em plena liberdade,
Ousado espírito refeito em asas francas
Anelando encontrar de novo a eternidade
Onde se instala o sonho entre nuvens brancas.

António, de seu nome, um moinho construiu
Num doce asilo em Serra-mestra de eleição,
Ternurento projecto de sublimação
Oposto a este mundo vil que já caiu.
Numa encosta altaneira sempre esverdeada
Inebriando um horizonte que lhe sorriu
Onde renasce o sol na frágil madrugada.  

Desperta hora a hora um harmonioso hino
Esvoaçante espiral de falcão-peregrino.

Aos sonhos dá guarida em sua moradia
Limpando as duras leivas dos trigais maduros,
Canta pelas veredas trovas e poesias
Ao ritmo da energia em suaves sons futuros.
Ribeiros de prazer, quais fontes de ternura,
A flamejante luz da branca claridade,
Viajam numa torrente d’ água sempre pura
Embalados na fina crença e na verdade.
Liberta, desta forma, em firme singeleza,  
A recriada Paz dos dons da Natureza!

Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE

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