quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O FALCÃO PEREGRINO



«Príncipe da Arrábida»

Jovial coração, em plena liberdade,
Ousado espírito refeito em asas francas
Anelando encontrar de novo a eternidade
Onde se instala o sonho entre nuvens brancas.

António, de seu nome, um moinho construiu
Num doce asilo em Serra-mestra de eleição,
Ternurento projecto de sublimação
Oposto a este mundo vil que já caiu.
Numa encosta altaneira sempre esverdeada
Inebriando um horizonte que lhe sorriu
Onde renasce o sol na frágil madrugada.  

Desperta hora a hora um harmonioso hino
Esvoaçante espiral de falcão-peregrino.

Aos sonhos dá guarida em sua moradia
Limpando as duras leivas dos trigais maduros,
Canta pelas veredas trovas e poesias
Ao ritmo da energia em suaves sons futuros.
Ribeiros de prazer, quais fontes de ternura,
A flamejante luz da branca claridade,
Viajam numa torrente d’ água sempre pura
Embalados na fina crença e na verdade.
Liberta, desta forma, em firme singeleza,  
A recriada Paz dos dons da Natureza!

Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE

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NATAL DE 2007

NATAL DE 2007 ! Boas Festas e Próspero Ano 2008 Frassino Machado


VIDE :  O CANTO DE FRASSINO


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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ANO VELHO ... RUA !


Muita inocência...muita maldade!
Cheira já a escarafuncho
Neste ano que foi fedelho
Se não me engano é caruncho
Por isso se tornou Velho!

Muitas esperanças caíram
Meses e meses a esguncho
Por isso é que todos viram
Que já cheira a escarafuncho.

Gente só de visão louca
Ninguém teimou co’ bedelho
Por isso com razão pouca
Este ano foi-nos fedelho.

Perdeu mais do que ganhou
Quem se agarrou ao barruncho
Da bazófia apenas ficou
Se não me engano o caruncho.

Cada ano dá taco a taco
Reles sons de aparelho
Tornou-se no elo mais fraco
Pela aparência de Velho.

Ninguém ama fazer anos
Como este, pois logo amua
Não dá proveitos, só danos
Vá p’ ró diabo ou p’ ra rua!


Frassino Machado
In RODA VIVA